
Defendia a bandeira do sexo casual, "porque não transar sempre que tivesse vontade, e não necessariamente com a mesma pessoa!", e por saber que a maioria dos homens não pensava assim, se tornou uma caçadora... Adorava a sensação de escolher alguém na noite e exercitar a arte da sedução. Fosse em um barzinho, ou em uma balada, seria sempre ela que escolheria a paquera, tanto que foram pouquíssimos os felizardos que obtiveram sucesso ao tomar a iniciativa.
Nessa noite em particular estavam aninha e seus amigos, alguns com as namoradas, em um barzinho do centro da cidade. O “happy hour” do centro era o melhor, várias pessoas estressadas devido há uma semana inteira de aborrecimentos, bebendo cerveja e jogando conversa fora, o ambiente perfeito para encontrar alguém interessante, e então Aninha o viu... Alto, moreno, atlético "porte de pegador", cabelo com estilo de militar “hum, marrento... do jeito que eu gosto!”, iniciou o jogo olhando na direção do rapaz, que imediatamente correspondeu. Não demorou muito para estarem conversando alegremente, e entre uma cerveja e outra, veio o convite para saírem dali. Ela aceitou sem pensar duas vezes “Que cara de quem faz gostoso!”, se despediu dos amigos e foram embora... O escolhido havia perguntado se poderiam ir para o apartamento dele, e ela havia concordado “mora sozinho, pode ser algo mais que uma noite!”. Aninha estranhava seus pensamentos, nunca havia se sentido assim no primeiro encontro, mas aquele homem parecia diferente, a conversa era gostosa e ele tinha um misto de maturidade e inocência que a confundia. Chegaram ao apartamento e foram logo se pegando, por iniciativa dela é lógico “Tenho que saber logo se ele é bom de cama!”, e a coisa foi pegando fogo rápido demais. Sentia-se estranha... A cada toque sentia seu corpo tremer, estava muito excitada “Ai meu Deus! Que homem...” então ele a colocou de costas na cama, apoiou seu corpo sobre o dela e murmurou em seu ouvido:
- Gostosa... Pega o tigrão...
Ela não entendeu...
- O que?
- Pega o tigrão, ali... na mesinha de cabeceira...
Aninha estava entorpecida pela excitação do momento, mas mesmo assim, esticou o braço na tentativa de alcançar o que quer que fosse aquilo que ele chamava de tigrão, e quando conseguiu descobriu que o tigrão era um consolo de trinta centímetros... Ficou atônita, pôde sentir que o escolhido não era tão avantajado quanto imaginara, mas aquilo não era necessário, pensou que podia ser algum complexo e estava tão afim daquele cara que decidiu tentar tranqüilizá-lo com relação a aquilo que ele talvez julgasse ser um problema...

Então, sem interromper as carícias que fazia em seu pescoço o escolhido sussurrou em seu ouvido...
- E quem disse que o tigrão é pra você???