sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

5º Dia útil

A fila do banco estava gigantesca... Não havia nada mais desconfortável do que perder aquele precioso tempo parado, esperando ser chamado, para pagar pelo conforto que não podia usufruir por que estava ali parado esperando ser chamado... Fiz na minha mente os cálculos do que poderia estar fazendo com esses quase 40 minutos que já haviam se passado, havia uma fase no novo jogo do Xbox que era dificílima... É eu sei muitos se perguntam “vídeo game nessa idade?”  nós homens adquirimos responsabilidade mas nunca deixamos de gostar de brinquedos, sabe aquele seu vizinho que todo fim de semana passa horas lavando e dando brilho no carro? Pois é, aquele é o brinquedo dele, e cada um tem o seu...
Observei as pessoas... Algumas imersas em seus próprios pensamentos, outras fazendo contas, os mais jovens estavam sempre usando o celular, para falar ou para jogar algum joguinho sem graça desses que tem nos telefones hoje em dia, alguns tinham a sorte ou o azar de encontrar alguém conhecido e iniciar uma conversa quase que sempre sobre a vida dos outros... E as crianças... Criança na agência bancaria não pára nunca, corre, tropeça, cai, e eles sempre descobrem como é divertido correr e escorregar no piso, e a mãe quase sempre tenta não chamar a atenção agarrando a criança pelo braço e fazendo alguma ameaça que nós, que estamos afastados, só entendemos como grunhidos, sem perceber que a atenção já estava nela desde que a criança começou a correr...
Olhei para o lado externo da agencia procurando algo para me distrair e contei exatos 10 minutos que um homem de meia idade demorou no “caixa rápido”, aliás, eu não entendo como não mudaram o nome dessas máquinas se a maioria das pessoas ainda não entendeu o conceito, olhou para a fila e percebeu que se o último precisar esperar por 10 minutos por cada um que está na sua frente iria sair a tempo de assistir o corujão (nem sei se ainda existe isso).
Os meus pensamentos foram interrompidos pelo sinal sonoro indicando que mais uma pessoa estava prestes a se libertar daquele martírio, olhei o número no painel eletrônico, em seguida conferi mais uma vez o meu numero, suspirei olhei para o teto como em busca de algum consolo fechei os olhos e senti a vibração do celular (acho ridículo as pessoas que deixam o toque do telefone no último volume) era minha esposa:
       - Oi amor...
       - Filho, como é que está aí?
       - Muito cheio...
       - Acha que vai demorar???
       - Fique tranqüila, eu estou aqui a mais de 1 hora, mas olhando o número que está agora e o meu, acho que dá para sair antes da copa de 2014...

4 comentários:

  1. Adorei... Pq as pessoas demoram tanto nos caixas... inclusive nos comuns... os rápidos nem se fala... é tudo tão bem explicado... qual a dificuldade? Num sei se alguém já pensou nisso... mas eu sempre penso em me candidatar a ajudante nos bancos... Tudo seria tão mais rápido! rsrsrs

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  2. hehehehehehe, se encontrasse esse texto na internet não teria dúvida que foi escrito por vc... Vc e sua teoria do caixa rápido!! rs
    Amoooo vc...

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  3. é verdade... esse "caixas rápidos" só são rapidos msm pra tirar a nossa paciencia... rsrs

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  4. Por isso que sempre ando com um livro na mochila...

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